quinta-feira, 6 de março de 2008

Como é que eu hei-de explicar isto?


Pois como devo explicar isto?, bem são coisas que acontecem, acho eu. Só não estava à espera que acontecesse logo a mim, diga-se...
Então, com o meu desgosto com o Jaquim e depois de ler na Lux que a patroa deixou na casa de banho que o menino Jorgr anda com uma empregada de café com idade para ser filha dele HÁ UM MÊS e quer transformá-la em actriz porque ela tem muito jeito (pois...imagino!), desiludi-me de vez com os homens, raios os parta a todos! E como não há duas sem três, não é que a menina bombeira da Lesboa me telefona a combinar para um café?
Ai, menina e tal, desculpe mas eu só folgo ao domingo e nem bebo café, não leve a mal, não gosto. Vá lá, Maria, diz ela, pode ser um jantar, um lanche, uma ida para dançar ou assim, insiste ela.
Ora, eu fui. Fui e fui e não me arrependo, prontos!
Combinámos de nos encontrar no Martim Moniz e lembrei-me logo do ditado da menina Ana Bola, "se monhé não vai à montanha, a montanha vai a monhé", que aquilo é um fartote deles por aquelas bandas, digo-vos já.
Ela aparece-me com uma techarte de mangas compridas com uma coisa escrita como essa aí de cima e cheirava mesmo bem a sabonete, toda lavadinha e corada!
Fomos passear para as bandas do Castelo e cheguei lá a cima a deitar os bofes para fora, nem conseguia respirar, uma aflição, mas depois ela tirou-me uma fotografia com o telemóvel escarranchada num canhão e ficou tudo em bem.
Conversámos muito e foi muito divertido e ela é muito mais fina que o estafermo do Jaquim, não há cá farturas e bifanas, ela é vegan que é assim quem só come legumes e fruta e não usa nada que venha de animais e tem uma pele linda por causa disso. E tem cabelo rasta e fuma uns cigrrinhos de ervas muito fininhos que cheiram muito bem e acalmam, diz ela.
Também me disse que não usa roupa interior porque acredita na liberdade do corpo, mas isso já não sei se acho bem porque ficam as intimidades todas à solta e faz-me um bocadinho de aflição, mas só vos digo que não me importava nem um bocadinho de ser a mulher fetiche dela e prontos.
A ver como corre da próxima vez.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

A noite mais longa


Eu já vos tinha dito que os ricos só têm manias esquisitas, mas desta vez a patroa excedeu-se! Então não é que convidou 80 amigos para virem ver a noite dos Oscares no ometiatre cá de casa?
Sim, Maria, há que ser original: 80 anos de Oscar, 80 amigos. Sim, sua mula, porque não é vosmecê que fica a alombar até às 5 da manhã a servir e a atender às manias dos tais 80!
Mandou fazer uns chocolatinhos em forma de Oscar e tudo e antes de começar a entrega deu um jantar volante onde atribuiram Oscares uns aos outros, tipo "os olhos mais sedutores", "os lábios mais bonitos", o mais isto e o mais aquilo, acham normal?
Depois lá se sentaram todos para ver a tal entrega e só aí é que fiquei mais consoladinha, aquilo começou logo com uma entrevista ao menino Jorge que estava ainda mais lindo que de costume, abençoado seja, mas trazia agarrada pela cintura uma lambisgóia com muito mau ar, deixem-me que lhes diga!
E depois era, ó Maria traga mais um cafézinho e mais um chazinho e mais uns petifoures e mais isto e mais aquilo e um licor de cereja e um uisque e, e, e...
Então lá iam mostrando o menino Jorge de vez em quando e não é que quando era para ele ganhar o Oscar o foram dar aquele que parece um boi charolês, com brincos de argolas e tudo e que tem ar de quem também faz filmes badalhocos como o desgraçado do meu ex-amigo Jaquim? Admite-se? A carinha do menino Jorge, que se estava mesmo a ver que estava à espera de a ganhar, porque sabe o vale, ora se não sabe!
E prontos, lá fiquei outra vez desfeita, de lágrimas nos olhos cheia de pena do pobre do menino Jorge e ainda a ter que limpar toda a porcaria que aqueles 80 galfarros fizeram na mansão. Não foram só os copos, pratos e talheres para lavar, sabem lá o que é 80 a fazer necessidades em todas as casas de banho que encontravam? Uma javardice, é o que é!
Valha-me Sta Engrácia, muito chá de cidreira tenho eu tomado a ver se me acalmo...

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Coração amarfanhado


Estou com a minha alma lavada e enxugada em desespero desde que a menina Alex, que é um bocadinho espanhola, me ter explicado o que quer dizer aquela coisa do nome do filme do Jaquim.
O que eu tenho chorado desde que descobri! Safado, ordinário, é o que ele é! Salafrário, impostor! Eu pensava que ele era meu amigo. Até achava que ele arrastava uma asinha por mim, bandido, malfeitor!
Afinal anda por Espanha a fazer badalhoquices do piorio e logo com duas e se calhar mais.
Eu a pensar e a rezar até para ele ter muito sucesso para ir para óliude e tudo.
Tenho chorado tanto que mal aguento abrir os olhos, estão baços e inchados e custa-me a focar.
O nariz parece uma bola de Berlim, de tanto o assoar. Estou desfeita, é o que vos digo.
Depois de a patroa me ralhar e ser bruta comigo quando lhe queria explicar porque é que andava tão chorosa e ela me despachar com um , ai a Maria parece tontinha, então não sabe que não há um único homem que se aproveite, tive uma fúria e arranjei uma caixa de cartão para pôr todas as prendas que ele me deu ao longo deste tempo todo em que me andou aos rapapés.
A caixa de Mon Chéris com os bonbons já bolorentos que ele me deu no Natal de há 3 anos e que eu não posso comer porque sou alérgica a chocolate, as dúzias de rosas secas que ele ia gamando por aí e me dava de vez em quando, o ursinho de peluche com um coração que diz ailóveiu, que é a única coisa que eu sei o que quer dizer em inglês que ele me deu nos meus anos, as cassetes do Toy e do Tony Carreiras e o bilhete para o Concerto do Tony deste dia 15 de Março (isto é o que me está a custar mais, mas zanga é zanga), até o frasco de àgua de colónia que já vai quase a meio que ele me deu no Natal que passou.
Os ganchos em forma de coração com pedrinhas a imitar diamantes e a pulseira de missangas às cores que ele comprou na feira de artezanato.
Até a imagem da Nª Sra. de Fátima, daquelas que têm feltro por fora e mudam de cor consoante está frio ou chuva ou humidade e que me dava tanto jeito para saber como estava o tempo e que ele me comprou quando fomos naquela excusão a Fátima e ele se fartou de vomitar na volta, não sei se foi das bifanas ou da maionese que estava com um piquinho a azedo.
Não lhe posso devolver as farturas nem as chamuças que me trazia da roulotte da Feira da Buraca, mas peguei numa nota de 50 euros e também enfiei na caixa, deve chegar para remediar os prejuízos dele comigo.
O meu desgosto é que não há que o que pague.
Ai os meninos desculpem o desbafo, mas estava mesmo a precisar deste desbafo.
Muito agradecida .

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

A chuva e o Jaquim


Pois o Jaquim lá resolveu dar notícias. Então não é que com aquilo da Feira Erótica e com uns púcaros a mais que resolveu beber, lá se animou e participou de um casting para um daqueles filmes em que as pessoas usam pouca roupa, se é que me faço entender.
E dançou e rebolou e tirou a roupa e tanto fez, que agora está em Espanha a fazer uma filmagem (em princípio o filme vai chamar-se cuando me corro, até parece que é sobre alguma maratona ou assim). E eu ao telefone: ó homem, mas tu não falas espanhol e ele, não faz mal é um filme de acção, não tenho que falar nada, só passar a mão pelo pêlo a umas jeitosas e elas é que falam. Então e fazes papel de quê? Aqui ele engasgou-se e disse bem, sou uma espécie de namorado delas. Delas?, é porque estás apaixonado por 2 ao mesmo tempo e não consegues decidir-te? Ai que o filme deve ser tão bonito! Mas e a maratona, onde é que entra? Maria, não há maratona nenhuma! Mas se o filme se chama quando me corro, é sobre atletismo também, não? Não, Maria: Sobre jogging, digamos assim...
Pois aqui, qual jogging, qual carapuças! Chove a cântaros e lá vou eu outra vez lavar os arraiolos porque o caniche ainda se afoga se fôr à rua e com o barulho da chuva é só aliviar-se dentro de casa.
E fiquei tão arrelampada com a nova profissão do Jaquim, que nem lhe perguntei quando ele volta. Já pensaram se ele vai dar a óliude como o Banderas e ainda se encontra com o menino Jorge?

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Coração partido

Quer-se dizer: uma pessoa tem coração, não é? Não é porque a gente é empregada doméstica que também não sente , não sonha...
Pois o desgraçado do Jaquim, não há quem lhe ponha a vista em cima desde domingo, nem na oficina apareceu ainda esta semana, sempre quero ver que desculpa vai dar. Se não fosse a menina Belinha, filha da D. Orlanda que frequenta o culto dominical comigo, até tinha que deixar de enfeitar os meus escritos com fotografias, o Jaquim é que mas punha e agora nicles.

E então a patroa resolve fazer um jantarinho para 30 casais e chamou-lhe a noite romantica da marquesa.
Pois, e a Maria a alombar. Ele foram quilómetros de corredores e tapetes para aspirar, ele foi polir as pratas, ele foi bulir na cozinha e depois esta gente é toda esquisita de boca e a patroa anda com as manias dos emagrecimentos e era tudo à base de legumes e tofu e soja e aquelas coisas que nem parecem comida de gente e eu a pensar ó senhora dê-lhes mas é uma boa mão com grão, uma sopinha da pedra, uns pézinhos de coentrada, que a comerem só estas porcarias ainda os mata mas é todos à fominha, louvada seja!
Tanta coisa tanta coisa e no fim bavaruase de manga com açucar laite, que só tem metade das calorias.
Nada de café, só chás e a chatice que é acartar com aqueles bules todos!
E muitas velas e música do Sr. Sinatra a tocar, Deus o tenha à Sua direita e tudo muito agarradinho a suspirar. Senti falta da menina Bibbá Pitta, que no meio daquela gente toda ainda é capaz de ser a única apaixonada à séria...

E prontes, hoje é mais uma trabalheira a arrumar tudo e eu que me deitei às quatro da matina, quando os últimos convidados sairam, estou uma miséria. Muitas prendinhas, muitos beijinhos, muito amor ontem e para a Maria o quê?
Ainda se pelo menos a menina bombeira da festa do carnaval se tivesse lembrado de mandar um sms...

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

A feira no Porto



Ainda estou em estado de choque, valha-me Sta. Engrácia. A viagem no combóio foi muito linda, o combóio é muito chique e confortável, cheio de senhores todos aprumados de fato e gravata e uns telemóveis muito giros que chateavam um bocadinho porque tocavam a toda a hora e até fiquei a saber que aquele senhor de óculos rectangulares e cabelo à Paulo Bento, ainda tão jovem, coitado, está com problemas na prósta já há 4 meses e agora o PSA (acho que nunca tinha ouvido o nome deste imposto) subiu outra vez e já só lá vai com quimioterapia, deve ser um cancro ou assim, pensei eu, mas não tenho nada a ver com isso, o problema é que as pessoas falam alto e pensam que estão sozinhas e depois a gente ouve o que não quer.

E o Porto é uma cidade tão linda, mas a feira não era mesmo mesmo no Porto e ainda tivemos que apanhar uma camioneta e lá fomos nós e quando chegámos eu até ia desmaiando só de ver o tamanho da fila para entrar, mas então aquela gente ia toda só para ver a coisinha de borracha que treme e tem uma cabecinha que entra e sai, seria possível?
Eram eles, eram elas, eram novos (poucos), eram velhos (muitos), eram casais...
Entrámos e era uma barulheira e uma confusão, se não fosse das luzes psicadélicas até parecia a antiga feira popular, mas eram muitos standers com elas despidas ou a despirem-se, com mamas muito grandes, pareciam todas a menina Pamela das Marés Vivas e havia eles também a despirem-se e depois eles e elas à molhada a fazerem nem sei explicar bem o quê, mas nuzinhos em pelota e o marmanjal a tirar fotos com o telemóvel e mais uns meninos daqueles que têm a pilinha cortada ou amarrada ou assim, vestidos de meninas, com maminhas a sério e tudo e a cantarem e a dançarem e isso é que foi o mais bonito de tudo, digo já.
Depois umas salas com uns filmes de meninas com chicotes e botas altas e uns senhores de trela a lamberem uma sanita, até fiquei mal disposta e ia vomitando e tudo.
O Jaquim agarrava-me o braço e esfregava-se todo, ó Maria, diz lá filha, tás a gostar, não tás?, tás que eu sei, até nem tens palavras, não é?
Depois mais uns standers, um que dava preservativos que era por causa da SIDA, uns que tinham as tais coisas de borracha, de todas as cores tamanhos e feitios e eu até tive que tirar a coisa sexy das orelhas para ouvir a explicação e juro-vos que até fiquei arrelampada quando descobri para o que é que aquilo servia, ele há com cada uma, francamente, valha-me Sta Engrácia!
E uma senhora num stander que anunciava bonecas insuflábeis, assim com sotaque e tudo e há gente que compra daquilo, digo-vos já que este mundo vai a caminho da perdição!
O melhor foi uma senhora que estava com o marido a ver um show de meninas que se despiam e largou o marido embasbacado e foi para cima do palco despir-se também.
E um palco onde estavam a fazer castings para filmes espanhóis, mas este já não sei explicar, já estava tão enervada que agarrei em mim e vim-me embora. O Jaquim lá ficou, acho que nem deu pela minha abalada, mas tou tão zangada com ele que nem sei se volto a dar-lhe palavra, é o que vos digo!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

O presente da Patroa e o presente do Jaquim

Pois ontem lá dizia eu que a patroa tinha vindo carregadinha de malas e embrulhos, sacos saquinhas e saquetas e eu não sou de me queixar, isso é que não, mas para mim, nicles.
Depois de ter desmanchado toda a bagagem, separado o que era para lavar e arrumar, vejo dentro de uma malinha pequenina que ela chama nécessere uma coisa de borracha que deixei cair ao chão. Aquilo ligou-se e começou a tremer, com uma cabecinha que ia para dentro e para fora e eu só pensava que raio será isto, será para a maquilhagem, ai se avariei esta porcaria estou feita ao bife, raios me partam esta gaita, onde é que isto se desliga?
Lá consegui parar aquilo, enfiei a coisa dentro da àgua do lavatório e aquilo lá se acalmou.
À tardinha, fui levar o caniche à rua e passei na oficina e contei tudo ao Jaquim e os olhos dele até brilharam e disse-me assim ó Maria, filha, vem comigo ao Porto no domingo que está lá a Feira Erótica e eu mostro-te o que é isso e mais outras coisas que tu não conheces de certeza. Ó Jaquim, feira erótica não é aquela coisa cheia de badalhoquices que costuma passar no Parque das Nações? Não, disse-me ele, esta é no Porto e lá é tudo muito respeitável. Ai eu nunca, nunquinha fui ao Porto, eu vou, vou e vou!
Cheguei a casa e lá estava a patroa com um embrulhinho para mim. Abri, muito agradecida minha senhora, mas para que se foi incomodar, não valia a pena, a Maria merece e tal e fico com uma coisa nas mãos que parecia uma bandelete com uns pompons nas pontas. Ah Maria já vi pela sua cara que não sabe o que isso é: é um abafador para as orelhas, assim não apanha frio que pode causar até otites! E olhe, ponha lá na cabeça. Ai que gira! Fica muito sexy assim.
Estão-me a ver, no Porto, de coisa sexy na cabeça, a passear de braço dado com o Jaquim?

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

A patroa já chegou


Veio carregadinha de malas, embrulhos e roupa suja. E eu que ainda estava a recuperar das duas festas a que fui no carnaval, não tive descanso nenhum!
Pois eu tinha dito que ia a um baile numa discoteca na Portela de Sacavém, mas aquilo estava muito xôxo. Ainda dancei com um mascarado de bombeiro, mas ele era só empernar com a mangueira que nem para apagar um fósforo dava, quanto mais um incêndio! Já estava mesmo para lhe dar um estaladão quando me aparece uma sonsinha vestida de dama antiga e se atira a mim a puxar-me os cabelos e a chamar-me filha da outra senhora, que me estava a atirar ao homem dela e sei lá mais o quê. Olha, amiga, eu cá sou muito educadinha, mas lá ofenderes a minha santa mãezinha, Deus Nossso Senhor a tenha em descanso, lá isso é que não. Fica lá com o safado e já agora, o estaladão que não dei a ele, levas tu, e com juros! Pimbas! Foi cá uma destas zaragatas que acabei expulsa da discoteca mais a Zulmira e a Quitéria, as amigas com quem tinha ido e que resolveram molhar a sopa na dama antiga também.
Então, a Quitéria que é uma rapariga muito à frente disse: olhem, em Casal de Paulos há uma festa de carnaval, é a Lesboa.
Lá fomos, todas animadas e qual não é o meu espanto quando reparei que a festa só tinha praticamente mulheres. Umas à paisana, umas mascaradas de torneiro mecânico, de alferes do exécito, de GNR. Até vi uma de bombeiro e fiquei logo enervada.
Elas dançavam juntas, davam linguados, faziam miminhos e eu a pensar que a falta de homens que prestem só pode dar nisto.
Então a de bombeiro veio convidar-me para dançar e eu disse, olha minha linda, esta noite já tive uma má experiência com bombeiros, diz-me cá tens outro par?
Ela garantiu que não e como não tinha mangueira, apesar de empernar, a noite correu que foi uma delícia.
Juro, pró ano vou lá outra vez.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

óvalhamedeus


Eu sei que sou nova nestas andanças e não percebo nada disto. Mas até o Jaquim que é um bocadinho mais instruido nisto da informática, não me sabe explicar. A ver se os senhores que fazem o favor de me vir ler me sabem explicar porque é que quando eu vou aos blogues dos senhores ler e depois quero deixar um racadinho e escrevo umas coisas e depois aparece uma coisa que se chama anti spam com umas letras todas embaralhadas e eu nunca consigo acertar com aquela coisa à primeira, nem à segunda, nem à terceira e o recado nunca mais lá fica e vai-me dando uns nervos que agora até já tomo chá de camomila antes de ir ler outros blogues.

Muito agradecida de vossas Excelências que já fizeram o favor de me explicar o que é mulher fetiche e o Jaquim até já levou um beijo repenicado por causa disso e tudo e a menina Amélia já me voltou a oferecer trabalho no seu château, que feliz fiquei!

Bom Carnaval. Eu vou a um baile a uma discoteca na Portela de Sacavém, depois conto tudo.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Só eu sei porque não fico em casa


Hoje já estou melhorzita, mas tenho muito que fazer, daqui a pouco volta a patroa e é uma chatice se não tenho tudo limpo e arranjado.

Fiquei tão mal no fim de semana que nem dei conta que o meu Sporting enfardou no Porto. Nem gritei, nem comemorei.

Quer-se dizer, comemorar, comemorei, mas foi os anos da Mª Albertina. Sim, que se eu soubesse que o Sporting tinha ganho ao Porto, ainda hoje estava de ressaca, não havia sais de fruta que me chegassem...

E se calhar não tinha perdido só o soutien.

Mas para responder às más línguas que aqui vieram fazer o favor de me ler e para diminuir a má impressão com que ficou a menina Amélia, digo já que afinal descobri o que se passou com o soutien. A Mª Albertina é que o tinha, que eu quando comecei a vomitar dizia que me doía o peito e que ia sufocar e então ela desapertou-o, mas aquilo assim desapertado incomodava-me e eu tentei tirá-lo vestida, uma alça pela manga e assim, mas não consegui e começaram todos a gritar tira, tira e eu lá desabotoei a blusa e o tirei como deve de ser (mas desta parte não me lembro mesmo nada e a Mª Albertina não conta mais...), só sei que no fim o balancei por cima da cabeça e atirei ao público e então a Mª Albertina guardou-o e agora o Jaquim diz que eu afinal também sou uma mulher fetiche e das boas.

ALGUÉM me explica que raios é uma mulher fetiche??? É que se ele me estiver a gozar leva cá um destes chapadões!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

A gente é pobre mas também se diverte!


Ai que estou com uma ressaca que não me aguento. A cabeça a explodir, mal posso abrir os olhos e a porcaria do telefone que não pára de tocar, são uns senhores do Banco a dizer que o cartão Visa da patroa está com um problema e que ela tem que ligar para lá e os do Mastercard também e os do Banco Best idem, raios os partam, ela deve é ter arrebentado com os limites dos cartões todos, na farra com algum instrutor de esqui lá na neve, é o que é, raios a partam a ela também!
Pois dizia eu , estou de ressaca, isto porque uma pessoa ganha pouco mas também tem direito de divertir-se e então a Maria Albertina que é copeira na casa de uns senhores muito bons que moram aqui perto e também foram para a neve, fez 52 anos que é uma idade tão bonita e então resolvemos fazer um piquenique e foi tudo tão giro, um bocadinho mal combinado, como são sempre estas coisas, mas lá fomos nós, encontro às 5 da manhã na estação de combóios, cada um com a sua cesta bem aviada e lá fomos a caminho de Vale de Cavalos que é a terra da Maria Albertina e lá estavam uns amigos que também iam ao piquenique festejar com a gente!
A gente ia muito alegres, a cantar e a fazer um ganda chavascal, pois íamos todos tão felizes, mas ia um casal de emproados na mesma carruagem e começaram logo a mandar vir, ele devia ser dos nervos porque tinham os dedos amarelos de nicotina e como agora não podem fumar no combóio, via-se mesmo que estavam a passar-se e o Jaquim até lhes disse, ó amigos bebam qualquer coisinha aqui com a gente para animarem, mas ela respondeu logo, que disparate, sou lá pessoa para beber brandymel às 5 e pouco da manhã... olha filha, se bebesses, se calhar não tinhas essa carinha de quem há muito não vê o padeiro, ó Jaquim, também não era preciso dizeres isso assim à senhora que o marido enxofrou-se e foi logo um ganda desatino, que fizeram queixa à GNR e tudo, mas o GNR tinha sido namorado da Maria Albertina quando ela era moça e ainda não tinha barba e ficou tudo em bem.
Á beira do rio, que água tão fresquinha, lá tirámos as coisas da cesta, ele era a sangria, a jeropiga, a água pé, a ginjinha, uma perdição e mais os panados, as sandes de leitão, os croquetes e os rissóis que a Genoveva faz que são um primor, ela até faz encomendas para fora e tudo, mais a broa e a bola de carne, o chouriço e as febras que se levou para assar, uma maravilha.
O Zé da Avó até arranjou uma melancia, ó homem neste tempo onde arranjaste isso, mas ele não contou a ninguém.
E mais um copito de aguardente de medronho e dança-se mais uma musicasita porque o Severino que é segurança numa discoteca da Calhandriz arranjou umas cassetes de músicas boas para abanar, músicas africanas e do Mister Gay e assim.
Só sei que acabei o dia agarrada à Maria Albertina, a vomitar e a chamar o Gregório (não é esse, é um que é enfermeiro no Hospital do Barreiro e era para me dar qualquer coisa para parar de vomitar). E perdi o soutien, nem sei como é que isso me foi acontecer.
Hoje ainda não estou em mim, por isso já não escrevo mais.
Do menino Jorge, ainda nada. Mas se calhar até é bom, também não estou em condições de ir agora tratar dele...

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Cusquices


Pois ontem nem consegui escrever, tão triste passei o meu dia. Deve ser assim, ter uma deprimência. Sempre achei que só quem não tem nada para fazer é que se pode dar ao luxo de amarrar deprimências e não é que é verdade?
10 dias sem a Patroa e logo ao segundo dia, catrapimbas, a Maria com uma deprimência! Ah pois é! Explico já tudo: como não é preciso levantar-me muito cedo, a casa está vazia e não há muito para fazer, fiquei na cama a fazer ronha, que eu pareço um despertador, com patroa ou sem patroa a boa da Maria às 5h30 da matina está com a pestana arregalada e então fui cuscar a pilha de revistas que a patroa tem na casa de banho que aqui na mansão diz-se tualete e para mim tualete é aquelas roupas mais chiques que uma pessoa veste quando a ocasião é importante mas tualete cá em casa é casa de banho , dizia eu e então descobri que o menino Jorge, aquele da Nespresso que me põe cheia de calores e com esticões na barriga das pernas e não é que descubro que o pobre ia numa missão humanitária para a África e ficou muito doente e teve que voltar para os Estados Unidos.
Ó menino, valha-me Sta Engrácia, venha mas é aqui para Cascais, com tanto solinho, parece impossível, e a maresia e tudo e aqui a Maria a dar-lhe miminhos, umas sopinhas de cavalo cansado, umas canjinhas com galo do campo e o menino punha-se logo fino, vai agora de um país estrangeiro para outro, nos Estados Unidos só têm hamburgueres e o menino nunca mais se trata.
Fiquei tão ralada mas tão ralada que até telefonei ao Jaquim a chorar e ele é que se lembrou que eu devia pôr isto na internet que as coisas que uma pessoa põe na internet fica-se logo a saber no mundo todo e quem sabe se alguém não lê e não avisa o menino Jorge que eu estou aqui pronta para o tratar, cá em Cascais ou também posso ir para a beira dele seja para onde fôr, ai vou, vou!
Pois o Jaquim teve uma belissíma idéia, mas a chatice fôr ter que aturá-lo a dizer que aquela badalhoca mamalhuda loura que entrava nas marés vivas é uma mulher fetiche (que raio é isso , alguém me explica?, é que eu cá não perguntei ao Jaquim senão ele chamava-me logo básica, que é a mania que ele tem de me chamar quando eu não sei alguma coisa), que usa saltos altos na rua e na cama, a ganda badalhoca, imagine-se, a pisar as porcarias todas que há na rua e depois meter-se com os sapatos na cama, só o Jaquim para achar que isso é sexy, valha-me Sta. Engrácia que uma pessoa preocupada com assuntos sérios e ele com estas parvoíces.
Só lhe perdoei porque ele arrajou esse retrato do menino Jorge para pôr no meu escrito e olhem bem para aquela carinha, ai, que calor, ai que eu dava-lhe tudo, tudo o que ele pedisse só dele olhar assim para mim, ai eu...
Nem sou capaz de escrever mais, tenho que ir ali refrescar-me, ai...

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

As manias dos ricos


Por causa das perguntas do escrito anterior sobre o que são blinis, lembrei-me de que há coisas de que só os ricos gostam e que, cá entre nós, são uma parvoíce pegada!
O caviar que se come com os blinis (blinis são uma espécie de panquecas muito pequeninas), há lá coisa mais nojenta? E a quantidade de peixinhos que deixam de nascer à conta dos ricalhaços que enfardam as ovas que as mãzinhas deles põem, nisso ninguém pensa? E o fois gras, outra coisa nojenta, as maldades que fazem aos gansos só para lhes tirarem a figadeira, parece impossível! E os que vão daqui a não sei onde só porque se "come lindamente uns túbaros a la mode" valha-me Deus, comerem os tintins aos animais!
Depois há os desportos dos ricos: olhem bem para a figurinha do daí de cima: andam km atrás de uma bolinha, vestem e calçam roupas e sapatos esquisitos, nuns preparos ridículos...e vão prá neve e ele é trambolhões e pernas partidas e tornozelos rachados... e os rallies, onde morre sempre alguém, não há pachorra.
Quanto não vale o meu Sporting em Alvalada, uma sandezinha de coiratos na roulotte ali da frente do estádio, o belo do copo de três e uma fartura. Só me chateia quando algum armado em rico resolve pôr-se a fumar charutos ao pé de mim. Também lhes digo logo, ó amigo afaste lá essa porcaria que o fumo cheira que trezanda e está a incomodar-me! Eu cá sou muito pão pão, queijo queijo!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

A patroa vai à neve


Ó Jaquim, a bem dizer, tu hoje foste mauzinho!
Eu queria um retrato para enfeitar o escrito da patroa a ir à neve, pensei assim numa paisagem toda branquinha, com uns pinheirinhos... e tu dizes-me que esta é que está bem porque é isto que eu desejo à patroa!
É lá agora! Esta é a época do ano que eu mais gosto, ela vai 10 dias para a neve e larga-me da breguilha, salvo seja, que já não a posso aturar porque engordou 600gr na semana passada, anda deprimida e a deprimência dá-lhe para mamar bombons e enfardar nougat e alambazar-se no uisque com soda e agora se o fato da neve não lhe cabe, o cor de rosa Dior que é o mais giro e ela comprou nos saldos, mas agora já não há o número acima porque nos saldos é assim, esgota-se tudo, uma chatice Maria veja lá a minha vida!
Pois ontem ela fez o jantarinho de despedida cá na mansão (fez, quer-se dizer, mandou a Maria fazer, está bom de ver), só para os 43 amigos mais íntimos e ai Maria os crepes de camarão estavam mesmo uma delicía, mas deixou assar as blinis um bocadinho a mais, não lhe pareceu?
Enfim, passei 18 hora enfiada na cozinha, mais 4 a fazer as malas, mas agora já está tudo aviado e ela lá vai a caminho do aeroporto.
Já telefonei à Tia Zulmira para vir cá passar uns dias, coitadita, são as férias dela. E o Jaquim vem cá jantar comigo, sempre sobrou tanta coisa do jantar de ontem, vai ser uma festa!
Depois conto tudo, agora tenho que ir ao blog da Tia Cremilde ver a prenda que ela lá deixa todas as sextas-feiras. Bom fim de semana para os meninos e meninas que têm a amabilidade de me vir visitar.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Eu seja ceguinha!


Eu só queria ter um blogue para poder desabafar das maldades da minha patroa e depois entusiasmei-me e fui por aí fora cuscar noutros blogues e alguns são tão lindos e eu escrevo assim lá umas coisinhas também, bom dia menina, conto do raio do caniche que mija nos arraiolos, outros não percebo porque têm coisas em estrangeiro, mas sempre tudo com muita educação e gosto muito de ir ao blogue da menina Amélia, que é uma senhora muito fina e educada e me está sempre a convidar para ir trabalhar para a beira dela, mas eu não posso por causa das aulas das novas oportunidades que estou a tirar à noite e ficam aqui mesmo ao pé da casa da Senhora Marquesa e da oficina do Jaquim, que dá jeito para ele me pôr os retratos no blogue, e para mim o blogue é assim como sermos todos vizinhos e cuscarmos e visitarmos uns aos outros e tudo.
E então, dizia eu, fui lá ao blogue da Menina Amélia e ela estavava a fazer uma eleição para Miss e eu acho que ela é tão jeitosa e disse que votava nela, mas depois li umas coisas que o menino Daniel lhe escreveu e eu não sei quem é o menino Daniel, pois não sei não e claro que não se deve falar sobre quem não se conhece mas o menino Daniel estava a ser um bocadinho mal educado para a menina Amélia, ah isso estava e eu disse isso à menina Amélia e agora o menino Daniel está todo ofendido comigo.
Oh menino, desculpe lá qualquer coisinha, eu seja ceguinha e veja a minha casa a arder se tive a intenção de o ofender, não senhor não tive. Agora que o menino estava a ser um bocadinho grosseiro com a menina Amélia, isso é que estava mesmo, mas o Jaquim está-me sempre a avisar ó Maria tu não te metas nas tricas dos outros e era isso mesmo que eu devia ter feito mas meti-me e cada um é para o que nasce e eu cá sou mesmo assim, mas fica já aqui o meu pedido de desculpas e como já dei o meu voto para Miss à menina Amélia já não o mudo, mas vou pedir ao Jaquim que vote no menino e fica tudo em bem, sim?

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Sou uma besta ou quê?



Pois desta vez o Jaquim acertou na imagem que eu queria para o escrito de hoje. Também lhe disse, olha não te esforces muito, se não encontrares o que te estou a pedir, pespega-lhe com uma foto tua, vai dar ao mesmo. É que estou chateada, ainda não lhe perdoei aquilo da badocha aí de baixo. E esta imagem é para explicar como me estou a sentir hoje, fora os dentes verdes, que eu lavo sempre muito bem os meus, não tenho dinheiro para dentistas mas sou muito asseadinha, ah isso sou!

Este fim de semana foi para esquecer! Chuva, chuva, humidades, ventos frios, uma miséria a programação da televisão, E O SPORTING A EMPATAR AOS 94 MINUTOS!!! Mas não é suposto o jogo acabar aos 90? E porque é que quando o árbitro dá minutos a mais ao Porto ou ao Benfica eles aproveitam para ganhar e o Sporting me faz uma desgraça destas?

É mais ou menos como se eu estragar ou partir ou queimar qualquer coisa cá em casa, a desgraçada da patroa diz-me logo: Sra. D. Maria (é sempre muito educada quando me quer lixar, a vaca!) tem exactamente 2 minutinhos para me explicar como foi que isto aconteceu, mas os badalhocos do BCP desaparecem com uns milhões e ninguém mexe o cu para explicar nadinha e quando os deputados dizem têm que cá vir explicar e tal eles dizem hoje não dá jeito, amanhã já tenho um almocinho combinado, depois mete-se o fim de semana e as férias na neve, que eu bem os vejo a combinar as orgias com a patroa para a neve e eu que me lixe a procurar as botas e as meias de lã e os bastões e a engraxar os esquis.

Mas a Sra. D. Maria tem que explicar, em dois minutinhos, porque é que o candeeiro do quarto da patroa que ontem acendia tão bem hoje já não funciona. SEI LÁ, sra Marquesa, sei lá!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Deslarguem-me!


Uma pessoa farta-se de bulir nesta vida e para quê? Hã, digam lá, para quê?
Primeiro é a patroa que a seguir às festas me diz: Maria, parece-me que engordou um bocadinho, temos que fazer uniformes novos outra vez. Se eu tivesse dinheiro para ir ao Body Slim e ao clube Seven fazer musculação e aeróbica e pilates e atirar-me ao tipo do bar como ela, ganda badalhoca, também era seca e mirrada com um pau, ah pois era. Mas não, tive foi que rechear meia dúzia de pirus para o Natal, mais enfardar-me de filhoses porque a senhora marquesa mandou fazer doces tradicionais de Natal e depois resolveu que "fritos não que fazem muito mal à saúde" e eu não aguento ver desperdícios de comidinha com tanta criança a morrer à fome e vá de mamar as filhoses e os sonhos e as enrabanadas!
Depois é aquele magrinho amigo do ministro que vem dizer que os reformados vão receber não sei o quê em não sei quantas prestações e a tia Zulmira a ligar-me a dizer que a ela só tocam 68 cêntimos por mês e só o remédio para a ciática aumentou 8 euros, se lhe podia adiantar algum, então não posso, a patroa há mais de 3 anos que não se chega à frente com nem mais um tusto e ainda ameaça descontar o preço dos uniformes novos do meu ordenado porque só engorda quem quer, badalhoca, se eu fosse ao body slim também cabia nas Doce Cabanna como ela, essa é que é essa!
E depois o Jaquim, peço-lhe uma fotografia para o blogue para ilustar este escrito e ele sai-se com a badocha aí de cima e eu digo-lhe ó homem, só queria assim uma rechonchudinha com as calças apertadotas, que é como eu estou e ele diz, esta está muita parecida contigo, pensas que eu não vi no domingo que tinhas as calças presas com um alfinete de ama!
Ai, deslarguem-me! Deslarguem-me que eu vou-lhes aos fagotes e levo tudo à frente, a patroa, o amigo do Ministro, o Jaquim, o Doce cabanna, tudo, tudo!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Assim não há direito!


Eu disse assim para o Jaquim: Olha, estive a ler a Maria e é já neste domingo a entrega dos globos de ouro.
Diz-me o Jaquim: o que é os globos de ouro? O Jaquim sabe de carros e de computadores, mas não é dado a leituras. Nem à cultura geral. Lá expliquei que era assim como os Oscares, mas mais pobrezinho, assim como se fosse um ensaio.
E eu com isso, diz-me ele.
Ó Homem, não sejas bruto! Então que preciso que me arranjes uma foto para eu pôr no blogue para falar disso. Já ontem não escrevi nada, a patroa foi aos saldos e voltou carregadinha de porcarias para eu lavar, passar, arrumar.
E prontos, ele pega e pespega-me essa fotografia aí de cima. Quais Nicoles Kidman, quais aquele rapaz do Nespresso que até me dá calores quando o vejo e fico a tremer das pernas, quais carapuças. Este ano deu-lhes para os cancelamentos.
Ele é o Dakar, agora os globos (ai que nem um vestidinho da Jennifer Lopes para a gente dizer mal!), não arranjam mais nada para cancelar? Ele é por causa do terrorismo, ele é por causa dos subversivos (cá na terra se a gente faz greve, o governo até gosta, têm que pagar ainda menos ao trabalhador nesse mês, essa é que é essa!), raios os partam.
Já agora, e se cancelassem a guerra do Iraque, hã? E o Tratado de Lisboa, hã, hã???
Aproveitem mas é e cancelem já este ano todo e vamos direitinhos para o Natal e para a passagem do Ano.
FELIZ 2009 A TODOS!

sábado, 5 de janeiro de 2008

Lisboa-Dakar




O Jaquim está uma fúria. Tinha arranjado este carrinho para participar do rally, com o patrocínio do Zé das Farturas que tem uma barraquinha ali para os lados de Chelas, da Marinela , manucure brasileira que tem um cantinho para pôr unhas em gel no Fórum Montijo, da Roulote do Manel que faz bifanas ao pé do estádio do Belenenses e da própria oficina do Jaquim.


Pois ocorre que o Jaquim já sabia que não tinha chances de ganhar qualquer coisita, mas leveva a malinha das ferramentas e sempre podia ganhar umas coroas a desenrascar uns carros lá no meio do deserto.


Eu também tou chateada como um peru na véspera de Natal, desculpem lá qualquer coisinha, mas tinha-lhe aviado um farnel, uns coiratos, umas sandezinhas de mortadela, um naco de presunto, outro de queijo, pãozinho de Mafra, o garrafão da vinhaça e a garrafita do brandy mel já bem escondidinhas no fundo da bagageira e eu a pensar, olha lá, este domingo à tarde (só folgo ao domingo à tarde) não tens que aturar o Jaquim, vais mas é à Ribeira para um pézinho de dança, só de pensar nas músicas do Toy até me arrepio.


Não, os sacanas cancelaram tudo, assim, do pé prá mão. E prontos, toma e embrulha e pela primeira vez em 30 anos não há Dakar para ninguém. Ouvi no telejornal que eles vão pagar indemenizações, já disse ao Jaquim, bora lá pedir o dinheiro da pintura e as coroas que eu gastei no farnel. Se fosse para ires e eu poder ir lourear a pevide para a Ribeira, vá, mas assim, passem mas é a massa aqui para este lado e já!

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

O cor de cenoura


Não pára de chover e é uma chatice porque a roupinha não me seca! Cá em casa ninguém quer saber, é usar e pôr para o lado e quem se amanha, já se sabe, é a sopeira!
Bem, dizia eu ontem que aquele do governo do cabelo cor de cenoura tem a mania de mandar o motorista às compras com quem, com quem? Ora adivinhem lá: Pois com a Sra sua Amante, com quem havera de ser? Ali, para as bandas da Av. de Roma, nem precisava o motorista dele de contar, vi eu com estes olhinhos que a terra há-de comer, ah pois vi!
Isto dos importantes é tudo a mesma manfia: a diferença é que uns têm amantes gajas e outros têm amantes gajos. Depois, quando andam de amuos sobra-lhes tempo para virem tramar o povo. E tomem lá mais um imposto disto, um aumento daquilo e o aeroporto que se faz nas terras do sr. dr. bochechas ou não se faz porque noutros sítios só há camelos e agora mudamos o nome às Escolas que têm nomes de Santos (e o desperdício em papel timbrado e outras coisas que vai ser, quem paga, quem?) e o Jaquim acendeu o cigarro no café a seguir à bica, o pobre está acostumado, é assim há mais de 10 anos, e toma lá a coima e vai-te curar! Queres fumar? Faz como a Sra marquesa, vai com o Director da ASAE ao Casino e ali, em pleno restaurante puxas das cigarrilhas (ela é finória, só fuma aquelas cigarrilhas que têm um cheiro nojento mas são caríssimas) e aqui vai disto Evaristo, ao pé do Director da ASAE podes!
É o que te digo, Jaquim, nesta terra, para a malta se safar, temos mas é que ser amigos dos importantes. E toma e embrulha, Jaquim, achas que só porque a Senhora que trabalha no departamento que tira as multas da EMELIA arranja a viatura na tua oficina te safas? É o safas, isso é tudo a mesma manfia, é o que te digo!

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

O carro da patroa


Esta é uma fotografia da prenda que o patrão (que Deus o tenha) deu à patroa no dia que ela fez 45 anos (52, mas a gente finge que acredita que eram só 45).
Ontem saiu com o motorista (ai cala-te boca!) para ir jantar a casa da mãezinha daquele senhor que era do governo e se meteu numa alhada com aquilo dos submarinos e como chovia a potes, o carro voltou todo sujo, por fora ainda vá lá, mas por dentro não se justifica, é que não se justifica tanta badalhoquice dentro daquele carro, que ainda ontem de manhã o tinha aspirado todo, valha-me Sta Engrácia!
Hoje chove a potes, mas quem é que esteve duas horas de cu para o ar a limpar o carrinho todo, quem foi? Ora pois!
Pois a Sra. marquesa só tem este carro porque não houve partilhas. Nem chegou a haver divórcio, o patrão, coitadinho, tinha arranjado uma mocinha brasileira tão jeitosa que conheceu nos computadores e pediu o divórcio e a patroa nunca teve nada e ia ficar de mãos a abanar porque tinha assinado uma coisa antes de casar a dizer que a massa era dele e ela sabia e tal, a vaca inútil que nunca fez nada na vida, então e não é que o desgraçadito me estica o pernil assim, de repente? Há gente com uma destas sortes, há pois há!
Não foi como a outra que mandou dar cabo do marido, foi mesmo uma sulipanta do coração, ele dizia ai Maria, acuda-me com um copinho de àgua e um copinho de àgua, já a minha mãezinha dizia, não se nega a ninguém e eu acudi e depois vi que ele estava roxo e disse vou mas é chamar o 115, mas eles quando chegaram já não deram conta dele, tadinho!
E prontos, lá ficou a patroa, com a casa, o carro o dinheiro, a mulher a dias, esta vossa criada e o motorista que, ai se eu digo as coisas que eu sei!
E o Jaquim, que arranja o carro dela e me contou que o motorista lhe disse que é muito amigo do motorista daquele do governo que tem o cabelo cor de cenoura e só diz disparates. Pois esse, diz que ai, que a Senhora já acordou e não pára de tocar a campainha. Já lá vou, Senhora. Amanhã conto a do cabeça de cenoura, sim?

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Ano novo, mulher nova


A patroa acha que é melhor do que eu. ACHA. Pois.
Passa horas em frente ao computador e diz: Maria, faça-me uma torradinha com pouca manteiga e um chá de camomila, não me posso levantar agora porque estou a fazer uns douloudes. Seja lá o que isso fôr. DOULOUDES. Nós estamos em Portugal, senhora marquesa. Não fale estrangeiro comigo que isso não pega.
Quando limpar a escrivaninha não se esqueça de tirar o pó ao teclado. Qual pó? A senhora marquesa passa o dia a escrever nele, como pode ajuntar pó?
Hoje não posso ir às compras, Maria, estou a trabalhar no blogue, leve a listinha e traga o que falta.
ELA TEM CARRO: A Maria vai de transportes. Está a chover, sacana de senhora marquesa. Ah tens um blogue? Ah tens que trabalhar no blogue? Não sei que raio isso é, mas o Jaquim da oficina sabe de certeza. Vais ver.
Vou lá falar com ele. E vou ter um blogue para mim também. E, como não te posso dizer duas ou três nas trombas, venho aqui e TOMA, VAI BUSCAR!!!
É que é já a partir de amanhã. Vais-mas pagar todas. Vou escrever aqui, preto no branco, as merdices e as badalhoquices da senhora marquesa. Ora se vou. E dos seus convidados ilustres também.
Aguardem.